Uma pena a exposição sobre os trabalhos de Tim Burton ser tão distante de mim. Apesar de vir este ano ao Brasil, ainda assim ficará distante e provavelmente perderei a chance de observar de perto o trabalho de um dos diretores/produtores que mais amo.
Pensando nisto hoje ao observar alguns de seus filmes que tenho em minha estante coloquei para rever o clássico Beetlejuice, 1988, ou, em português "Os Fantasmas se Divertem" (acho esta uma das péssimas traduções de título existentes, desviando a atenção do tema principal, ou seja a personagem de Michael Keaton, Beetlejuice, e infantilizando demais a coisa).
Mesmo tento assistido diversas vezes na minha infancia, não sei se por causa do meu olhar mais crítico de hoje, Os Fantasmas se Divertem ainda me encanta. Me encanta o modo como Tim Burton joga o clássico com o moderno utilizando sempre que possível um efeito de locação e figurinos atemporais (Como o faz de modo extremo em Edward Mãos de Tesoura). Numa 1988 em que os efeitos digitais estavam longe de dar as caras no cinema, Burton abusa no que é mestre: os efeitos em stop-motion.
Não discriminando os efeitos digitais de hoje, que quando bem utilizados e combinados a um bom roteiro são exemplares, mas eu realmente admiro os filmes desta época em que os tubarões eram inteiramente mecânicos e Tim Burton pôde se aventurar no stop-motion, não o abandonando até hoje como em A Noiva Cadaver de 2005 e mantendo o charme da técnica em 9- A Salvação, 2009, um filme digital, mas que interessantemente simula stop-motion.
É uma pena não reprisarem mais este clássico, passava direto na globo. As crianças de hoje estão perdendo muita coisa boa e a tv dá cada vez menos valor aos bons filmes cortando tantas cenas que assusta comparar as versões Sessão da tarde com as dos dvds.
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